Breakpoint
Vertentes do Techno: uma jornada pela multiplicidade do gênero
Techno é multiplicidade: do Industrial ao Psicodélico, cada vertente conta uma história única no Time Warp Brasil 2025.
Techno é multiplicidade: do Industrial ao Psicodélico, cada vertente conta uma história única no Time Warp Brasil 2025.
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Eduardo PinheiroO Techno é uma das vertentes da música eletrônica com o maior número de subgêneros, sendo uma vertente ampla, democrática e diversa. Nascido a partir da inovação tecnológica e criatividade artística, o gênero evoluiu desde os porões de Detroit e Berlim até os maiores e principais palcos do mundo.
No próximo fim de semana, a Time Warp retorna ao coração de São Paulo com um line-up que vai além de uma celebração dessa trajetória, levando nomes que representam as múltiplas vertentes que compõem o som que pulsa no coração da música eletrônica undergound mundial.
Nesse artigo, vamos explorar algumas das vertentes, trazendo suas origens, principais características e alguns artistas que dão vida a elas, no festival ou na cena global.
O Techno industrial é visceral, marcado por texturas ásperas, timbres metálicos e atmosferas mais sombrias, já o RAW consiste em batidas secas e linhas de grooves intensas. Ambos trazem a essência do Techno em sua forma mais bruta. Essas vertentes estarão representadas no set do Kobosil.
Com construções progressivas e melodias sutis – como o próprio nome sugere –, essa vertente surgiu da fusão do Techno com a sonoridade mais emocional do Progressive House entre os anos 2000 e 2010. Quem vai levar esse som mais melódico e progressivo para a pista da Time Warp Brasil 2025 são os artistas Patrice Bäumel, Fatima Yamaha, além dos b2b com Âme & Trikk, e Joseph Capriati & Vintage Culture.
O minimal ou hypnotic, como é conhecido pelos fãs, surgiu nos anos 90 como resposta ao Techno mais pesado, tendo menos elementos e mais repetição e groove.
Essas vertentes estão representadas por artistas como Nina Kraviz e Sven Väth, além de Marcel Dettmann, com um som mais pesado. Mundo afora, essas vertentes têm ganhado força com artistas como Luigi Tozzi, Donato Dozzy e o brasileiro Marçal.
Com um uso intenso da linha de baixo da clássica Roland TB-303, o acid é psicodélico e hipnótico, podendo ser tanto rápido quanto groovado. Essa vertente foi inspirada pelo Acid House de Chicago, dos anos 1980, e adaptado para o Techno dos anos 90, principalmente no Reino Unido e na Europa.
A DJ holandesa, KI/KI é a representante perfeita dessa mistura no line-up do festival. Contudo, Nina Kraviz e Tiga também são artistas que passam por essa vertente em seus sets.
Hipnótica, imersiva e transcendental. Essa vertente nasceu da criatividade dos DJs que queriam unir o Techno com a psicodelia do psytrance e vem crescendo muito, desde 2020.
Com nomes como Indira Paganotto e Tessuto, poderemos experenciar kicks mais fortes, basslines graves combinados com os synths psicodélicos e BPMs elevados, acima de 130, na pista da Time Warp Brasil 2025.
O Hard Techno evoluiu do Techno de Berlim e do som industrial europeu dos anos 1990 e representa a vertente mais intensa do gênero. A nova geração conta com nomes como Azyr, Kobosil e Funk Tribu, que estarão nessa edição do festival, e esses artistas reconectam o público atual ao espírito libertário e rebelde dos anos 90.
O experimentalismo também é uma forma de resistência criativa e um convite a ouvir de outra forma. Com a proposta de criar ao vivo e desafiar limites, Âme e Fatima Yamaha levam seus equipamentos ao palco com o intuito de improvisar texturas, harmonias e criar atmosferas únicas.
O Tech House surgiu unindo o peso do Techno com à cadência dançante do house. Sets como os do DJ Tennis podem flertar com essa característica dançante, minimalista e refinada.
O Peak Time é uma vertente que nasceu para atender aquele momento mais explosivo da pista, o famoso horário de pico – por isso o nome “peak time”. Ele possui uma sonoridade mais intensa, direta e pesada.
Artistas como Adam Beyer, Charlotte de Witte e Amelie Lens são grandes representantes dessa vertente.
Breakbeat é a vertente que mistura elementos do electro dos anos 1980 com a robustez do Techno. Nina Kraviz é uma artista que representa muito bem essa mistura, entregando sets imprevisíveis que perpassam pelo electro, techno e acid, com muita fluidez e irreverencia.
O festival Time Warp Brasil acontece nos dias 02 e 03 de maio de 2025, no Vale do Anhangabaú. O line-up conta com nomes que abrangem o Techno, como mencionado acima, e outros gêneros da música eletrônica underground.
Como vimos, o Techno nunca foi uma coisa só, como algumas pessoas pensam. E é justamente essa diversidade de sons que o torna tão único e fascinante.
O Time Warp Brasil 2025 não apenas reúne nomes consagrados e revelações da cena global, mas também cria um panorama sonoro onde cada batida conta uma história diferente. Seja você fã do minimal ou do hard, do trance ou do acid, essa edição é um convite para se perder e se encontrar nas muitas camadas do Techno.
-Conteúdo Autoral
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