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Berghain 20 anos: A história do clube mais lendário de Berlim
Entenda como o Berghain, referência mundial do techno em Berlim, influenciou a cultura noturna global e se firmou como símbolo de autenticidade e liberdade.
O legado do Berghain e seu aniversário de 20 anos
Neste mês, o Berghain, o clube que é sinônimo da vida noturna de Berlim, comemora 20 anos de existência. Fundado no final de 2004 por Norbert Thormann e Michael Teufele, o espaço se tornou uma lenda global – fascinando por seu mistério e provocando a curiosidade de quem ainda sonha em passar por suas portas. Localizado entre Kreuzberg e Friedrichshain, o clube une uma vizinhança que um dia já foi dividida por um muro.
As origens: do OstGut ao Berghain
A história do Berghain começa na década de 1990, com o OstGut, um clube precursor que operava no mesmo espírito de liberdade e intensidade que o Berghain herdaria anos depois. Apesar de inclusivo para todos os gêneros, entre 1998 e 2003 o OstGut foi casa da Snax, uma festa fetichista voltada ao público gay. Esse ambiente de liberdade sexual, embalado por uma sonoridade mais pesada, remetia a outro ícone de Berlim, o Bunker.
Esse espírito de inclusão e diversidade permanece no Berghain. O espaço é cuidadosamente curado para garantir pluralidade de origens, desejos e ideias, assegurando um ambiente de respeito mútuo. O que rola ali, fica ali.
Estrutura do clube
O Berghain conta com dois ambientes: a sala principal, focada em techno, e um espaço menor, o Panorama Bar, voltado à house music. Um dos pontos mais elogiados é o sound system Funktion One, instalado em 2008 e atualizado em 2023, otimizando cada detalhe da acústica. Além disso, no porão, o Lab.oratory é conhecido como “o clube de sexo mais extremo de Berlim”, refletindo a proposta de liberdade do local.
A política de entrada: mistério, exclusividade e autenticidade
A política de entrada do Berghain é quase tão icônica quanto sua pista, alimentando o mistério que envolve o clube. A equipe de segurança, liderada por Sven Marquardt, faz uma seleção criteriosa e ambígua. Diferente de muitos locais, aqui a aparência ou status social não são garantias de entrada. O objetivo é preservar a essência do clube como um refúgio autêntico.
Para reforçar essa experiência, o Berghain proíbe fotos e vídeos. Ao entrar, visitantes têm as lentes de seus celulares cobertas, eliminando a pressão das redes sociais. Isso incentiva uma conexão mais profunda com o momento presente, priorizando a música e a interação pessoal.
Os grandes nomes que já passaram pelo Berghain
Ao longo de duas décadas, o Berghain recebeu DJs e produtores renomados, consolidando seu status como epicentro global do techno e da música eletrônica underground.
Pilares do Berghain
Ben Klock: Residente icônico, seus sets longos e hipnóticos traduzem a essência do techno pesado e minimalista.
Marcel Dettmann: Responsável por moldar a sonoridade característica do clube, explorando vertentes clássicas e modernas.
Len Faki: Energia vibrante, mesclando techno com elementos de house e trance.
Conexões com o selo OstGut Ton
O selo musical do Berghain, OstGut Ton, lançou e sustentou carreiras de artistas como Steffi, Answer Code Request e Function, reforçando a influência do clube na cena internacional.
Estrelas internacionais e a cena underground
Nomes como Carl Craig, Nina Kraviz e DVS1 já passaram por lá. Além dos grandes ícones, o Berghain abre espaço para novos talentos, mantendo a cena underground viva e dinâmica, conectando públicos exigentes a artistas emergentes.
Mais que um clube, um símbolo cultural
Ao completar 20 anos, o Berghain permanece mais que um clube de techno. É um símbolo de liberdade, autenticidade e resistência contra a superficialidade. Não segue tendências; é um reflexo fiel da cena eletrônica profunda e verdadeira.
Para quem sonha atravessar suas portas, a missão não é apenas sobre festa, mas sobre viver o presente, sem pressa e sem filtros, com a música e a liberdade como guias. Como você enxerga o futuro dessa experiência única na cultura noturna?
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